Shine

Shine
Meu pensamento é grave e pesado.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Orgânica Música

Na Filosofia, numa das definições fundamentais sobre a música, ela é a revelação de uma realidade privilegiada  e divina ao homem. Uma revelação assumindo a forma de conhecimento e de sentimento. É uma consideração metafísica se pensarmos na música como objeto revelador de uma realidade suprema. O objeto da música é a Harmonia;  uma caracteristica divina do Universo e também a música como objeto cósmico, ou seja, Deus. A música portanto, é,  a harmonia da divindiade do Cosmos se revelando na forma de sentimento!

domingo, 17 de abril de 2011

Devaneios

Minha existência é um simples conceito de uma coisa. É finita, é um ser-aí da minha existência própria e ao mesmo tempo diluída. Eu sou um construto de coisas abstratas que insistem em se auto-afirmar numa busca cansativa por um sentido que me faça produzir mais do que idéias e imaginações...e todas as minhas fantasias fetiches e desejos são frutos de uma construção teórica e metafísica pressupondo assim, meu vago entendimento das coisas práticas da vida...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Teatro - A arte da resistência

Instantes...
...no espelho o reflexo de uma nova alma a espera dos risos das lágrimas do som das palmas dos corações acelerados das vozes que não calam...
...bravo, bravo, bravo...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Fetiche

Uma noite quente, o vinho que já nos embriagava e minha boca que procurava a tua com sede dos teus beijos...o corpo todo ardia por dentro a camisa rasgada com a fúria dos braços desconcertantes na ânsia por tua nudez...minha língua descobria teu corpo e ríamos muito com a nossa respiração ofegante...
Eu dormi nos teus braços e pela manhã minha mão ágil procurou tua pele...a cama estava vazia...havia apenas um bilhete sob os lençóis denunciando tua partida.


Você foi embora sem dizer adeus e levou o que eu tinha de mais concreto...teu abstrato amor.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Amizade

A Amizade numa interpretação literal e de senso comum diz respeito  a comunhão entre duas ou mais pessoas ligadas por atitudes concordantes e por afetos positivos. Na Grécia Antiga, a amizade era vista como algo divino, algo a ser alcançado pelos homens e que já pressupunha a Felicidade. Aristóteles trouxe ao termo, um significado muito mais amplo e elaborado do o primeiro. Nos livros VIII e IX de Ética a Nicômaco, segundo o filósofo, a Amizade é uma virtude ou está estreitamente unida à virtude: de qualquer forma, é o que há de mais necessário à vida, uma vez que os bens oferecidos pela vida, como riqueza, poder etc, não podem ser conservados nem usados sem os amigos. A amizade é uma comunhão no sentido de que o amigo se comporta em relação ao amigo como em relação a si mesmo. É uma relação firmada no bem, é estável e firme e portanto a verdadeira amizade. Com o advento do cristianismo, o conceito de amizade alça um novo vôo e o conceito de amizade dentro de uma amplitude maior passa a ser o do amor.

Uma outra concepção de amizade que me apetece, é a de Espinosa. Adoramos quem admiramos, e por isso amamos. Essa adoração vem da novidade que é a coisa que amamos. O afeto de adoração, postulado pelo filósofo reduz-se facilmente, ao simples amor.
Essa é uma das muitas concepções da Amizade, portanto, uma questão ainda em aberto...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sobre o Desejo

Eu te esperei a noite toda...eu deixei tudo pronto...o champanhe, a rosa vermelha, já que as rosas brancas murcharam no caminho...deixei uma carta de amor debaixo do teu travesseiro...esperei a noite toda...meu corpo quente desejando o teu...minha boca desejando a tua...e meu coração despedaçado com tua ausência...



Segundo Espinosa, na sua obra Ética, parte III, onde ele trada Da Origem e Natureza dos Afetos, o Desejo é uma "Tristeza ligada à falta da coisa que amamos". Esse é um dos significados que perdura na história da Filosofia. O filósofo elabora uma ciência das paixões pelo método demonstrativo, onde mostra as causas de todas as paixões humanas e de como somos afetados por elas. As paixões para ele não são perturbadoras, mas naturais à mente e ao corpo dos homens.
Essa tristeza, da falta da coisa que amamos, nada mais é do que uma passagem  de estados que ele chama de estado de perfeição maior, a Alegria, e estado de perfeição menor, a Tristeza.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Algumas idéias

Submerso no silêncio...um vazio que incomoda...minha imaginação ou produz conhecimento ou me coloca numa idéia inadequada, porém necessária para que minha razão dê o grande salto rumo ao 3º gênero de conhecimento: a intuição. Entre o Ser, o Nada, o Não-ser, o Ser-aí...sou somente um sujeito que anseia por LIBERDADE , PRAZER E GLÓRIA.


(FOTO CEDIDA GENTILMENTE. REPRODUÇÃO PROIBIDA, SUJEITA À PENAS PREVISTAS EM LEI)

domingo, 3 de abril de 2011

Experiência Estética

Toda observação ou experiência em obra de arte, é uma experiência de um sujeito que tem uma certa perspectiva. Não há neutralidade na experiência estética. Nenhuma crítica esgota a obra de arte. Quanto mais ela se abre a possíveis interpretações, ela é mais arte,  reconhecida por sua densidade. A obra de arte supera sempre a sua interpretação.

Sobre o blog

As minhas investigações filosóficas estão focadas na questão do AMOR, portanto, as citações e notas sobre o assunto são estritamente pessoais e experienciais. No entanto, não deixarei de trazer outras investigações nos mais diversos sistemas filosóficos existentes; conteúdo suficientemente substancial para comentários, análises e reflexões dos leitores. Sejam todos bem-vindo.


Amar ou fugir. Embora não fosse uma questão de escolha, fugir implicava me esconder, usar máscaras, fingir ser outra pessoa, mentir pra mim mesmo. Te amar implicava encarar tudo o que era novo até agora e entender que não haveria condenação sobre mim, e mesmo que me acusem, só poderão fazê-lo por eu amar tanto. Eu serei acusado de amor! Mas ninguém ama tanto impunemente. Eu sabia dos riscos que eu correria por isso entre viver uma vida de mentiras e pular num abismo do desconhecido, eu pulei. E descobri um mundo novo, onde o AMOR cura as minhas feridas mais profundas e onde você se torna a peça fundamental de um processo de auto-reconhecimento e revelação. Eu sabia que sentiria falta, que sentiria ausência e que morreria de amor e de saudades. Mas ainda assim, prefiro morrer de amor e de saudades a passar por essa vida sem sentir nada...TE AMO

sábado, 2 de abril de 2011

Determinismo x Liberdade em Espinosa

Problema: Se tudo o que existe no mundo é absolutamente necessário e determinado e que não poderia ser de outro modo, como podemos falar em Liberdade num contexto de uma Ontologia do Necessário?

Entre as muitas teses de Espinosa na Ética, ele afirma que "o homem é livre não porque seria dotado de livre-arbítrio para escolher entre alternativas possíveis, mas por ser uma parte da natureza. Uma parte da Natureza divina dotada de força interna para pensar e agir."


Entendemos por Determinismo, a Doutrina segundo a qual tudo que acontece tem uma causa. Para qualquer acontecimento, existe um estado anterior relacionado a ele de tal maneira que não poderia (sem violar uma lei da natureza) existir, sem que existisse o acontecimento. Assim, a minha ação e a minha escolha são determinadas por algum estado anterior e pelas leis da natureza.

Conforme a Proposição 29 (Ética I), Nada existe, na natureza das coisas, que seja contingente; em vez disso, tudo é determinado, pela necessidade da natureza divina, a existir e a operar de uma maneira definida.
 
Considerando a Proposição acima citada, somos modos de expressão da Substância, Deus (Natureza) e, portanto determinados a operar de uma maneira definida. Nada existe que seja contingente.

A liberdade acontece no âmbito do necessário: somos livres não porque escolhemos, mas porque efetivamos o que somos, a nossa potência interna de agir, quando vivo de acordo com a minha essência. Se eu sei o que quero, não significa que sou livre. Como ele diz na Proposição 32 (Ética I), "A vontade não pode ser chamada causa livre, mas unicamente necessária."


Essa vontade requer uma determinação para existir e operar, ela é unicamente necessária ou coagida. Essa vontade opera por outra causa e essa por outra e assim por diante, até o infinito. O ser é livre quando pela necessidade interna de sua essência e potência nele se identificam na maneira de ser, existir e agir, portanto não sou coagido por causas externas. Como não temos livre-arbítrio, porque somos já dotados de uma natureza particular, essa liberdade não consiste em fazer uma coisa ou outra, passear pelo campo das alternativas possíveis, tão pouco existe na ausência de determinação do sujeito; pois se "tudo o que existe, existe ou em si mesmo ou em outra coisa" (Axioma 1- Etica I) e é absolutamente necessário que isso aconteça, então, não há lugar para a liberdade.
 
Isso posto, a Liberdade na Ética de Espinosa é, uma manifestação espontânea e necessária da essência da substância (no caso de Deus) e de potência interna da essência dos modos finitos, que ele designa como conatos (potência natural de auto-conservação). Para o filósofo, liberdade não são escolha nem ação para um determinado fim porque sou movido por apetites e desejos. Também afirma que o ser humano é mais livre na companhia dos outros do que na solidão e que "somente os seres humanos livres são gratos e reconhecidos uns com os outros", porque os sujeitos livres são aqueles que "nunca agem com fraude, mas sempre de boa-fé."


Portanto, Espinosa conclui postulando que "a liberdade acontece no âmbito do necessário: somos livres não porque escolhemos, mas porque efetivamos o que somos, a nossa potência interna de agir; quando vivo de acordo com a minha essência."


Abraão Tekiah

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Filosofia

Filosofia, do grego., amor ao conhecimento ou à sabedoria. O estudo das características mais gerais e abstratas do mundo, e das categorias com que pensamos: mente, matéria, razão, demonstração e verdade.
A filosofia trabalha no pensamento coletivo e se realiza na tarefa, no movimento em direção ao infinito. Essa realização se dá pelo fato histórico de cada época.
Nem as perspectivas individuais e nenhuma linha de pensamento podem ser absolutizadas como verdades e outorgadas como Filosofia.